andava meio torto pelas beiradas de minha cidade,
tombava de guia em guia, até chegar
num lugar qualquer, numa paisagem vazia,
da qual eu tentava atravessar e com a cara batia.
nada eu via
nada eu sentia
mas dali,
não passava e nem saia.
as sirenes soavam, o fardo azul reluzia,
armas titânicas ressoavam no tímpano.
muito ozônio, muita cerca, muito estampido.
NADA.
NADA.
NADA.
rodopiava o mundo incessantemente.
ao andar sobre o céu , o cimento era tão leve,
e as nuvens, eu afastava num sopro.
o mundo era tão gostoso
um mundo em que não batia a cara
e nem batiam na minha.
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