por um fio - sempre disseram.
nunca fiar nesses fios.
o homem está numa corda
disse nietzche.
o malabarista está numa corda
disse um qualquer.
a vida está numa corda
e nós suspensos.
estamos bambos, amigos.
nosso corpo nos avisa,
dia pós dia,
que o fio está sendo esticado,
que nossas entranhas estão dilatando,
rompendo, arruinando.
os líquidos saem pelos buracos
com as cores mais bizarras,
as verdadeiras cores da vida são muito bizarras,
e estão aí para dizer que estamos sempre por um fio,
numa corda bamba.
deixemos o cabelo ao vento de lado, o cheiro de chá fresco...
a vida é um fio.está por um fio. e estamos numa corda bamba.
aceitemos.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
#21
no meio do oceano,à deriva, me encontrei com a vida, azul e salgada. por vezes calma,
por vezes afobada, mas nunca imóvel... encontrei-me sem saber onde nasci, de onde vinha e muito menos onde
estava. minha única certeza era do rebento, do choque com a terra. um último mergulho de cara na areia,
na pedra, no gelo. de cara no nada. de juntar-me aos outros infinitos ~nad~a~ntes! e anteceder outros eternos nadas~~.
do dançar no caos decifrado do mar e seu nunca datado início.
encontrei ,enfim, o desespero de nada nadar e berrei o mais alto que consegui e depois calei-me.
DO NADA NASCEMOS , NO NADA NADAREMOS E QUANDO JÁ CANSADOS DE NADAR, AO NADA VOLTAREMOS
...(...)? ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~!..... ... . . . . . (.)
por vezes afobada, mas nunca imóvel... encontrei-me sem saber onde nasci, de onde vinha e muito menos onde
estava. minha única certeza era do rebento, do choque com a terra. um último mergulho de cara na areia,
na pedra, no gelo. de cara no nada. de juntar-me aos outros infinitos ~nad~a~ntes! e anteceder outros eternos nadas~~.
do dançar no caos decifrado do mar e seu nunca datado início.
encontrei ,enfim, o desespero de nada nadar e berrei o mais alto que consegui e depois calei-me.
DO NADA NASCEMOS , NO NADA NADAREMOS E QUANDO JÁ CANSADOS DE NADAR, AO NADA VOLTAREMOS
...(...)? ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~!..... ... . . . . . (.)
#20
hoje é dia de dormir com você,
sem você,
hoje é dia de transar você,
sem você,
hoje é dia de ser você,
só mais uma vez,
você.
hoje, vo cê tudo e mais um pouco,
um pouquinho do nada,
daquele resto que traças não traçaram
na peregrinação ao defunto,
de um túmulo, no auge do seu cúmulo
a deixar um morto em terra,
sem o fundo daqueles que contaram-me ser
quando criança,
profundo.
sem você,
hoje é dia de transar você,
sem você,
hoje é dia de ser você,
só mais uma vez,
você.
hoje, vo cê tudo e mais um pouco,
um pouquinho do nada,
daquele resto que traças não traçaram
na peregrinação ao defunto,
de um túmulo, no auge do seu cúmulo
a deixar um morto em terra,
sem o fundo daqueles que contaram-me ser
quando criança,
profundo.
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